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domingo, 13 de maio de 2012

Sobre morar sozinho...


Depois de 5 meses (ou quase isso) morando sozinho, hoje me mudei para o apartamento do meu irmão. É bom ter, de novo, alguma companhia. Tenho as melhores expectativas sobre essa mudança, mesmo considerando algumas implicações que a acompanham...Mas não é sobre a mudança que quero falar, mas sim sobre a experiência de morar sozinho (mesmo que por apenas 5 meses).

Era quase natal em 2011 quando minha mãe viajou para passar as festas de fim de ano com meu pai e nunca mais voltou! (excessivamente dramático!)...Já fazia algum tempo que meu pai estava trabalhando no Maranhão quando minha mãe foi pra lá. A ideia inicial era voltar após o ano-novo, mas ela decidiu ficar "mais um pouquinho"...chegou o carnaval, semana santa, páscoa (acho que é essa a ordem correta)...chegou maio e minha mãe não voltou. Mais que isso! Agora a possibilidade de voltar não existia mais. Graças a Deus, as coisas estavam dando certo para meu pai e ele recebeu uma oferta para morar no Maranhão, algo irrecusável no atual momento.

Passei cerca de 4 meses com a esperança de ver meus pais retornarem, para, no final das contas, ficar sabendo que eles iriam morar no Maranhão. Depois que soube disso, comecei a analisar as possibilidades de mudança...visitei casas, apartamentos, chamei minha namorada para morar comigo (ela vai me matar quando ler isso!), quase fui morar com minha prima, mas acabei vindo parar no apartamento do meu irmão. Mas todo esse processo foi simples se comparado ao que passei nos 4 meses anteriores à notícia da mudança dos meus pais, tendo que cuidar sozinho de uma casa, algo totalmente novo para mim.

Morar sozinho tem suas vantagens: você pode escutar a música que quiser, na hora que bem entender (respeitando os vizinhos, claro); não precisa dividir a tv com ninguém; pode colocar a tv no quarto; pode dormir na cama de casal dos seus pais; nos finais de semana, dorme até a hora que desejar; não precisa se preocupar com a hora que vai chegar em casa, pois não tem ninguém pra incomodar; entre outras coisas.
Em contrapartida, as desvantagens também não são poucas, ainda mais se você não tinha o costume de ajudar nas tarefas de casa: as louças não se lavam sozinhas (foi duro descobrir isso); suas roupas a máquina até lava, mas é preciso estendê-las e ficar de olho no tempo pra saber se vai chover ou não; sua gatinha de estimação sabe que deve fazer a porra da merda deve usar a areia para fazer suas necessidades, mas ela pode escolher fazer isso no seu banheiro (é uma merda, literalmente, quando você descobre isso); o banheiro...aaaahh o banheiro...essa desgraça esse cômodo tem que ser lavado periodicamente (Isso não é bom! Me limitarei a esse comentário.); suas roupas saem quase secas da máquina, mas a máquina, assim como o ser humano, não é perfeita...é preciso engomar as roupas...é preciso, mas não quer dizer que você vai querer fazer isso; limpar a casa também é preciso, mas você acaba descobrindo que limpar só o quarto que você dorme pode ser suficiente (se fizer isso, evite convidados, eles nunca têm a mesma percepção que você); e por aí vai...

Não foram meses fáceis, mas mesmo não gostando de realizar muitas atividades relacionadas ao cuidado da casa, estou certo de que essa experiência me fez, de algum modo, crescer...acho que essa é a palavra: CRESCER. Hoje faço coisas que nunca havia feito em minha vida (não constantemente), como lavar e engomar roupa, varrer casa, lavar louças...continua não sendo algo agradável, mas hoje sei que é preciso realizar essas atividades para manter um bom ambiente dentro de uma casa, melhor ainda, hoje sei realizar essas atividades com algum louvor (só não sei porque eu parei de realizá-las em algum momento do período no qual estive vivendo sozinho...minha casa se converteu no caos!).

Contudo, foi uma experiência legal! Pra quem quiser ou, como eu, for obrigado a se aventurar nesse novo mundo, as dicas foram dadas, você já sabe o que lhe espera.

P.s.: Agradeço a tia Íris pela ajuda dada no transporte de meus poucos pertences (além de outros socorros nesse período em que meus pais estiveram ausentes), minha prima Ruthinha, pela disponibilidade, meu irmão Klaindson, pela boa vontade apresentada ao me convidar para morar com ele (pena que nem tudo é perfeito e as despesas serão divididas...kkkkkkkkkkkkkk) e, obviamente, meus pais, por terem cuidado tão bem de mim durante 23 anos e alguns meses.

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